sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Folhas arrancadas

© Marco Tajé



A justeza do sonho colide
com a luminescência da razão,
refugiam-se as palavras
em afectos  dolosos,
inábeis de escrever
palavras empedernidas.
Desavém-se a vontade
num cerzido de significados
lavrados sem semente,
cercado de incertezas,
caem horas, caem dias
a um listado sem título
e fica baço o almanaque
onde inscrevemos as vidas.

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