segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Restos


Restam sem nome
retalhos de memória
cerzidos pelo desejo
em mantos de múltiplas faces

resta inteiro este nome
com que me escrevo sem memória,
face única dum desejo
coberto de dias por apagar

restam ilegíveis as páginas
clamando pela chama acordada
da minha pele tantas vezes escrita
na areia onde os sonhos
são praia perdida no teu nome.

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