Sopra uma melancolia de aluvião
sobre esta ilha que sou
dum arquipélago que fomos,
nas vossas passagens
aves migratórias
semeiam a efemeridade da primavera,
mas permaneço desalento
na vibração do último som
bemol
quiçá na espera dum vento
que me faça esquecer
ser o tempo esse oceano
onde a morte me alagará
no desnorte de não vos saber
ao largo…