terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Embriaguez


No teu copo
bebo a sede guardada,
como notícia não divulgada
à espera do vento
para levá-la,
em sopros perversos,
oculta sob hábitos de segredos.

Provo-te o hálito
e sabem-me a perfume
as tatuagens labiais,
deixadas como alfabeto
que soletro e apreendo,
trago por trago
no fogo da minha boca.

Embriagas-me,
engulo-te
e no fundo
dura aceso o beijo vivo,
almejo de imutável regresso,
que ao teu copo
me deixa preso.

1 comentário:

Sopro Vida Sem Margens disse...

bom ...Poeta!!

Nada como a embriaguez dos corpos
acesos e ao vivo, na crosta dos beijos presos na boca folheada, oculta na carne...

Beijos daqui...