sexta-feira, 15 de junho de 2012

Nas margens da noite


Deita-te
nesta alcova de palavras,
deixa-me acariciar-te em significados,
intumescer-te o verbo
até que sejas imperativo,
deixa-me ser segredo
da noite que adivinho
e em que te surpreendo
na margem duma página
onde te esqueceste do corpo,
nota que me explica a sombra…

apago a luz e escrevo
para te sentir chegar.

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