Uma calçada para subir com o fulgor da paixão e descer com a convicção de regressar. Um espelho de momentos de contemplação, em que sentado num degrau observo, ouço e sinto privilégios que me sejam concedidos. Um lugar de recato onde semear divagações será a forma de descobrir novos caminhos.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
... de areia
sonhei-te de areia.
não sei se para moldar-te ao sabor das minhas mãos…
se para saber-te nas minhas mãos, escorrendo grão a grão ao meu sabor…
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Distância
lembras-te do tempo em que, sem o assumirmos, quebrávamos a distância com ventos de palavras e cobríamos tempestades com conversas de fogo disfarçado, contando os quilómetros que teimavam em separar-nos? distantes estão esses dias em que não ousámos a loucura. e assim nos furtámos a uma fatia de sanidade. separar-me-ão de ti, cada vez mais dias; mas não esta memória de que te guardo o sabor.
sábado, 27 de julho de 2013
Espera
contava grãos para esquecer as horas,
mas percebeu que o areal era demasiado,
para caber no tempo de uma espera...
sábado, 20 de julho de 2013
quinta-feira, 18 de julho de 2013
terça-feira, 16 de julho de 2013
Penumbra
© Michal Lukasiewicz
um dia deitar-me-ei na penumbra de ti.
tão perto do fogo que me acendes.
vem! pois o nevoeiro já disfarçou a noite
e os corpos arrefecem distantes
da fogueira
se não forem toros adunados.
tão perto do fogo que me acendes.
vem! pois o nevoeiro já disfarçou a noite
e os corpos arrefecem distantes
da fogueira
se não forem toros adunados.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Desnudação
com que palavras te vestes
quando das minhas me dispo
e na nudez em que me ofereço
leio-te a dúvida de seres tentação?
[a]tira[-me] todas as palavras!
para que na tua candidez
o meu olhar se escreva
nu
e lento
se deite
na tua pele em vigília.
quando das minhas me dispo
e na nudez em que me ofereço
leio-te a dúvida de seres tentação?
[a]tira[-me] todas as palavras!
para que na tua candidez
o meu olhar se escreva
nu
e lento
se deite
na tua pele em vigília.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Pensamento
um dia serei o banco onde sentas os teus pensamentos
e esperarei que o teu suspiro se acomode no lugar vago
de onde parto para viajar.
e esperarei que o teu suspiro se acomode no lugar vago
de onde parto para viajar.
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