Deixa o café na chávena
e o cigarro ser cinzas,
ignora as fases da lua
e as rebentações da maré…
e o cigarro ser cinzas,
ignora as fases da lua
e as rebentações da maré…
Mas não faças esperar o amor!
Esquece as palavras na folha,
perde os primeiros comboios,
não contes as estrelas no céu,
nem vigies o florir das amendoeiras…
perde os primeiros comboios,
não contes as estrelas no céu,
nem vigies o florir das amendoeiras…
Mas não faças esperar o amor!
O amor tem asas invisíveis
e basta-lhe um vento de feição
para navegar em oceanos
a que nunca chegarás.
e basta-lhe um vento de feição
para navegar em oceanos
a que nunca chegarás.
Não deixes o amor arrefecer
nem que se consuma sozinho,
não lhe permitas encher-se no vazio
nem rebentar num areal deserto…
nem que se consuma sozinho,
não lhe permitas encher-se no vazio
nem rebentar num areal deserto…
Não faças esperar o amor!
Não o deixes ser escrita ignorada
nem viagem sem destino,
nem céu sem brilho,
nem ramada isolada…
nem viagem sem destino,
nem céu sem brilho,
nem ramada isolada…
Não faças esperar o amor!
Não queiras que te deixe à espera
em cafés repetidos,
em cigarros intermináveis,
em luas contínuas,
em marés indomáveis,
em palavras inócuas,
em comboios atrasados,
em estrelas incontáveis,
em primaveras por rebentar.
em cafés repetidos,
em cigarros intermináveis,
em luas contínuas,
em marés indomáveis,
em palavras inócuas,
em comboios atrasados,
em estrelas incontáveis,
em primaveras por rebentar.
Não faças esperar o amor!
Não o deixes adormecer na demora!
Não arrisques deitar-te nele
quando for leito que já não te pertence.
Não faças esperar o amor!!!
1 comentário:
Tão certo! O vento leva-o e não saberei ir buscá-lo. Adorei!
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