© alais-photography
Numa
linha de linho
descoso o que voltarei a coser,
há um desfazer
na procura do prazer
de tornar a fazer.
descoso o que voltarei a coser,
há um desfazer
na procura do prazer
de tornar a fazer.
Cubro-te com o vestido de linho
que as minhas mãos te despirão,
faço-o na antecipação
do momento que decido colher.
Deito-te no leito
em lençóis de linho feito
que os nossos corpos em desalinho
deixarão desfeito.
E no teu corpo de linho
desenho um traço de carícia
que apagarei no fogo
com que ao meu te coserei
e em ti me deixarei preso,
por uma linha de linho
que não descoserei.
2 comentários:
Desfazer a solidão em palavras tecidas de ternura.
na tecitura dos afectos
a calçada em contraluz de azulidade...
tão pleno de essencialidade senhor poeta...
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