Sinto-te passar
pelo trilho da minha escrita,
onde corações procuram fonte
para saciar a sede dos dias;
sinto-te o movimento dos lábios
soletrando o sabor do recado
solto no destroço da esperança
quando exíguo se torna o amanhã;
sinto o gesto do olhar,
tombando em sopros de segredo,
sobre a confissão duma alma
espelhada em linhas sem margens…
e fico,
parado no tempo,
à espera de ser história
regida pela constância das palavras
em que te escreves,
sabendo serem tradução
da avidez do meu querer.
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