© Branka Kurz
Inquietam-me as noites alagadas de palavras
preenchendo vazios deixados por nós,
nódulos de significados impraticáveis na escrita
que os corpos não se gravam por espaços de silêncio;
inquietam-me as palavras tingidas pela noite
em gritos mudos de apelo sem nome,
nós duma oração teimando em ser vocabulário,
pétalas desenganadas secando em altar protelado;
inquieta-me este lamento feito poema,
versos escurecendo no eclipse da esperança,
amanhã novo dia a madrugada acordará
e o corpo cansado pela inquietação do sossego
será um nó atando vocábulos alagados pelas noites
… só.
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