© Olga Roriz
A sombra faz-se sol
e a semente gesto,
rasgam-se os corpos
em gritos de terra,
rastilhos guerreiros
desventrando o poema.
Desnuda-se a vontade
de jáculos rítmicos
na lavra sublevada
pela impossibilidade do silêncio.
Do céu jorram contornos,
quiçá de corpos angélicos
sedentos do movimento
que se torna infinito,
até à hipnose visceral
da dança feita oração.
Teu será o reino
onde a areia se borda de ouro,
antes de ser território
para que teu corpo telúrico
seja resistência infindável.
Sem comentários:
Enviar um comentário