como se o corpo fosse uma língua por aprender
e o fogo adormecesse na tradução da teia,
os dedos tecem o caminho das sílabas
que os lábios insistem provar noutra boca.
enleado devoro o cheiro ébrio da nudez
descarnada pelas mãos peias em loucura;
chegas repetidamente com o nome da noite
trazendo o braseiro do leito no teu ventre.
decifro o significado onde o prazer se confunde
no escuro e no lume do rio que me arrepia,
aí começa o sangue a inflamar essa língua
com que me ensinas o latejar dos corpos.
como se o corpo fosse uma língua por aprender…
ou por navegar.
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