sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Recluso


à noite,
quando as veias esquecem ser becos
onde o sangue serena
o desvario dos dias,
ouve-se a voz de um homem,
dizem que um coitado,
um lunático,
um insensível,
insurgindo-se
contra o voo encantado
que cobre as palavras noctívagas
despertas pelos corpos
adormecidos em êxtase.
dizem ser recluso
num poema
que não é de amor!


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