sábado, 10 de agosto de 2013

Contar


contei-te os minutos
e depois os passos
e as pétalas caídas dos poemas,
uns já escritos, outros por ler 
e outros ainda por ser,
contei-te as tardes, as paixões e os erros
das noites por adormecer
e contei-te os corpos
e depois as febres
e ainda os fogos acesos 
em incontáveis esperanças por apagar.
contei-te tanto de mim
sem que entendesses
que as histórias não se contam
porque o seu infinito termina
na matemática de quem as não sente.


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