sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Permissão


deixa-me gritar o poema, com a força do sangue e o apego das veias que o disfarçam. deixa-me sangrar o desfibrar das palavras, tocadas pelos teus dedos indiscretos, que com prudência se intrometem entre as vocações dos meus pensamentos e se calam com o olhar de quem sonha. deixa-me gritar. baixinho. como quem sussurra, ilicitamente, o que deseja ser ouvido. mas não diz...

1 comentário:

Sopro Vida Sem Margens disse...

Ainda há pouco éramos a palavra. O grito. A lava. O que for a sangrar na força dos pensamentos. Baixinho. Pois a carne sabe bem da vocação volátil da pele a gritar sem olhar por entre-os-dedos.