quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Em gritos


segura-me a pele
que já se despega.
tenho um grito
cravado no ventre
e outro
gravado na memória
quando nas arribas dos corpos
se abrem desfiladeiros
por onde a Primavera corre
incendiando os poros
em Verão.

1 comentário:

Graça Pires disse...

A pele queimando em fogo ardente...
Belo poema.
Abraço.