Fala-me do
tempo
em que o
poema descia
degraus de
estrofes nascidas
em vulcões
ignotos de alvoroço.
Fala-me do
tempo
em que rasgados silêncios,
em que rasgados silêncios,
as palavras
antecipavam
a batalha
das línguas.
Fala-me do
tempo
em que as
horas se pediam
rotação de
eixo único
num centro
alheio do mundo.
Fala-me do
tempo
em que os
corpos não se gastavam
e a noite
era uma travessia
a que nos ancorávamos.
Fala-me do
tempo
para que não
me esqueça
desse tempo
que nos esquece!
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