Hoje, não quero ser coração migrante!
Cansado de ser voo sem poiso,
fatigado da pressa em não morar,
corro as portadas das ausências de mim,
fecho no meu peito a elegia que me escreve
e rechaço flagelos clamados pelo vento,
sento-me num degrau branco de silêncio,
provo um cálice de presente acídico,
peregrinação de murmúrios e ensaios
em que me procuro qual tentação
de ser mar brando sem ondas, nem marés,
na espera duma luz que me convoque
para a verdade refúgio dum olhar.
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