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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Em fuga


porquê procurar-me
quando nem eu próprio sei para onde fujo...
de mim.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Contra-Vento(s)


Não é fácil governar o barco
quando dum lado sopra a ternura e do outro a aventura.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Oferecer-me...


Contabilizar ou evocar o quanto me ofereço, poderá significar que a dádiva não será um prazer total ou estará infectada de sacrifício!

domingo, 3 de abril de 2011

Muros



Tijolos de silêncio erguem um muro que venda os olhares,
goram-se impulsos de corações instigados a calar…


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ébrio de solidão


Há um licor de solidão
a escorrer na noite que me adormece,
provo-o
num trago que me engole
e embebeda,
sabor acre que me invade
o leito adocicado
moldado, hoje, na intimidade ausente de corpos
e onde uma simples lágrima seca
meu corpo ermo
despovoado do teu…

quarta-feira, 2 de março de 2011

Cálculos


nunca poderão ser 'um', todos os dois para quem dividir não signifique multiplicar!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Telegrama


Talvez consiga tirar-te dos meus dias,
mas não sei se dos meus sonhos...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Será amor?


Será amor,
o sentimento que se troca por orgulho, no desperdiçar dos dias?...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Porta


Cansei-me de deixar a porta aberta, de par em par.
Faz frio cá dentro, vou encostá-la…
o vento da distância acabará por fechá-la!
se vieres, bate!
abrir-ta-ei se o meu coração ainda te lembrar!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Cada vez...



Debruço-me sobre o tempo
em que o tempo era urgente;
das nossas mãos saíam auto-estradas
que cruzavam destinos;
em alta velocidade, nossos olhares
alcançavam para além do tempo
os lugares onde chegávamos
para aquietar essa premência
que, nascida nos corpos,
alagava planícies alongadas
onde os abraços desarrolhavam.

Observo o tempo
onde a urgência se perde,
a passividade se instala,
a presença se desobriga.
Sobra tempo
a cada hora já apressada;
os destinos distanciam-se,
os dedos percorrem lentos
caminhos que os olhares não tocam
e a felicidade mora
num lugar por onde não passamos.
Cada vez mais longínquo
Cada vez mais, sem tempo…
… nosso!

domingo, 31 de outubro de 2010

Constatação


Como as folhas num lago de Outono,
amontoa-se ignoto o amor que [já] não cabe no teu tempo.

Na espera


Nada te quero pedir…
para beber gota a gota,
esse prazer
de te receber
oferta em que te dedicas
imprescindivelmente
minha…

Nada te quero pedir…
e por isso aguardo
e te espero…

Nada te quero pedir…
e por isso me derrubam
as horas
em que não nos necessitas,
e as nossas histórias
passam distantes
como desconhecidos
que nunca ousaram
se cruzar…

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Arquipélago de dias


Espaçam-se entre si os dias que fazemos nossos.
Ilhas isoladas no oceano do tempo,
que nem em arquipélago se conseguem manter,
no calendário que não escrevemos,
esquecemos!

sábado, 28 de agosto de 2010

Sementes



Sinto-me árvore estéril
no pomar do teu amor,
onde me queres fruto
sem lançares sementes…


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Falta


Quando o silêncio é o único ruído
que risca as paredes erguidas pelo tempo
por entre vales,
onde as horas correm como rio dengoso
sem margens,
falta o ouvido onde dizer as palavras,
falta a voz para ouvir o nome,
falta a mão para tocar a carne,
falta a pele para arrepiar o abraço,
faltam os lábios para molhar o sorriso,
falta a boca para afogar o beijo,
falta o burburinho de vida,
o pulsar,
a resposta,
a pergunta,
o estar.

Quando um vento frio
atravessa a alma,
movimenta as portas,
range o soalho
e levanta as folhas,
caem as palavras secas pela inoportunidade,
perdem-se os passos urdidos na corrida,
abalam as memórias disfarçadas de desejo,
alonga-se o mutismo no tempo que não corre
e enchem-se as mãos, deixadas vazias,
duma solidão sórdida que envelhece as horas,
passando como brisa na pele que esfria.


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Na convalescença da noite


No corredor, corre o silêncio induzido às dores adormecidas,
a anestesia das enfermidades
visita cada quarto num corrupio invisível,
na minha cama, onde o sono não se deita,
curo palavras para oferecer ao novo dia.


terça-feira, 20 de julho de 2010

Sem horas


Trilho o caminho
de passos sem destino,
pontapeio as horas
como pedras perdidas
esquecidas de serem usadas,
o vento enxuga-me as lágrimas
para que os lábios secos
não se salguem na noite solitária.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Insónia


Deito-me
no silêncio em que me deixas,
tento adormecer o sonho
em que voámos
e fico à beira da ponte
que desejo atravessar
... para ti.

sábado, 19 de junho de 2010

Onde está?


Só quero ser dia onde a noite se guarde serena
e o sono que me confine às margens da felicidade.
Onde está ela? Onde estou eu? Que teimamos em não nos cruzarmos…
Só quero ser leito onde o meu eu se deite
e repouse em saber acordar no lugar onde nos reencontremos!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Será?...


De tanto te perdoar, esquecer-me-ei de me perdoar…
Será que de tanto te tentar compreender,
deixarei de me compreender?