Debruço-me
sobre o tempo
em que o
tempo era urgente;
das nossas
mãos saíam auto-estradas
que
cruzavam destinos;
em alta
velocidade, nossos olhares
alcançavam
para além do tempo
os lugares onde chegávamos
para aquietar
essa premência
que,
nascida nos corpos,
alagava
planícies alongadas
onde os
abraços desarrolhavam.
Observo o
tempo
onde a urgência
se perde,
a
passividade se instala,
a presença
se desobriga.
Sobra
tempo
a cada
hora já apressada;
os destinos distanciam-se,
os dedos
percorrem lentos
caminhos
que os olhares não tocam
e a
felicidade mora
num
lugar por onde não passamos.
Cada vez
mais longínquo…
Cada vez
mais, sem tempo…
… nosso!
1 comentário:
Bonitos poemas por aqui.
Parabéns
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