No teu copo
bebo a sede guardada,
como notícia não divulgada
à espera do vento
para levá-la,
em sopros perversos,
oculta sob hábitos de segredos.
Provo-te o hálito
e sabem-me a perfume
as tatuagens labiais,
deixadas como alfabeto
que soletro e apreendo,
trago por trago
no fogo da minha boca.
Embriagas-me,
engulo-te
e no fundo
dura aceso o beijo vivo,
almejo de imutável regresso,
que ao teu copo
me deixa preso.
1 comentário:
bom ...Poeta!!
Nada como a embriaguez dos corpos
acesos e ao vivo, na crosta dos beijos presos na boca folheada, oculta na carne...
Beijos daqui...
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