Talvez... já nem queiras
sonhos roubados à noite
rasgando lençóis de queixumes,
estendidos sobre murmúrios da lua;
Talvez... já nem precises
aromas importados do mar
esvaecidos na anemia das mãos,
onde o sangue esquecera de correr;
Talvez... já nem desejes
horizontes comovidos pelo fogo
mondado no lume cru dos poemas,
gemidos em oráculos soprados pelo coração;
Talvez... já nem sejas
perfume débil da felicidade,
afogada na ténue e inócua inquietude
onde, lacónica, a paixão viva empalideceu!
1 comentário:
Talvez…o branco dos nus, se deitem agora ao relento nestas palavras que não digo…
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