Dobrou as palavras e guardou-as num envelope que fechou numa gaveta.
Parou os ponteiros do relógio, que se desdobravam em tempo duma vida, e guardou-os numa gaveta.
Numa mesma gaveta, as palavras ficaram fechadas num tempo sem vida.
E sem que houvesse tempo para as palavras, a vida fechou-se numa gaveta. Esquecida...
2 comentários:
Por vezes apetece ter essa gaveta. Mas, um caminheiro, tal como o nome indica, não pode ter a vida esquecida numa gaveta. Tem que caminhar!!
Obrigado por escrever desta forma tão linda.
Alexandra
Fiz isso, por muito tempo: palavras nas gavetas - e a vida. Bom ter tido a chance de reabri-las.:) Abraço!
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