Passo a língua
pelas palavras
que na
saliva ainda têm teu sabor,
sinto-lhes
o verbo
na
conjugação irrevogável,
provo-lhes
o pouco que faltou
quando no
teu regaço
meus
braços balouçaram
um olhar
suspenso no prolongar das mãos,
nas sílabas
húmidas dos segredos
sinto-a
leme trilhando teus lábios
e
desbravo o silêncio
para
perecer verso
na boca
em que me mordes.
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