terça-feira, 19 de abril de 2011

Batidas


Ouvi-as bater
como sílabas na cadência dum poema,
gotas no marejar da dúvida,
excertos de vida por compreender.

Ouvi-as bater
como pancadas em chamamento,
reclamações dum futuro que tarda,
anúncio do navio em partida.

Senti-as
como folhas trazidas pelo vento,
espigas gradando para a ceifa,
lírios abrindo-se em trilho a desbravar.

Senti-as
como tempestade que me abranda,
maré crendo em caravela absoluta,
vida contínua batendo no peito.

Guardo-as… em fragmentos de espera!

1 comentário:

Sopro Vida Sem Margens disse...

Senti e amei!!


Páscoa Feliz!

Um Beijinho
da
Assiria


p.s melodia arrepiante