quinta-feira, 28 de abril de 2011

Uma Coisa em Forma de Assim




Nove coreógrafos escrevem, cada um, o seu conto. Assim… como se fossem sílabas, juntam gestos, ora em narrativa ansiando um epílogo, ora como um poeta que utiliza a dualidade deixando ao leitor a opção do significado. Um compositor percorre, nas teclas dum piano, trilhos que esboçam horizontes. Assim… como se idealizasse casas onde o movimento habitará. Umas de soalho quente onde os passos desvendam o pulsar do coração, outras de paredes naïf onde se reflectem olhares inventados, outras ainda com lume onde incandescem inspirações que não se seguram nos limites físicos. Nove coreógrafos e um compositor reúnem-se num palco. Assim… como se tivessem de matizar uma mesma tela. Os corpos são paleta, pincel e tinta. Os corpos são folha, caneta e palavra. Os corpos são partitura, nota e som. Os corpos são emissão, eco e silêncio. Dez autores e dezasseis intérpretes desenham sem forma. Assim! Uma coisa… em forma de assim. 

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