Nove coreógrafos escrevem,
cada um, o seu conto. Assim… como se fossem sílabas, juntam gestos, ora em
narrativa ansiando um epílogo, ora como um poeta que utiliza a dualidade
deixando ao leitor a opção do significado. Um compositor percorre, nas teclas
dum piano, trilhos que esboçam horizontes. Assim… como se idealizasse casas
onde o movimento habitará. Umas de soalho quente onde os passos desvendam o pulsar
do coração, outras de paredes naïf onde se reflectem olhares inventados, outras
ainda com lume onde incandescem inspirações que não se seguram nos limites
físicos. Nove coreógrafos e um compositor reúnem-se num palco. Assim… como se
tivessem de matizar uma mesma tela. Os corpos são paleta, pincel e tinta. Os
corpos são folha, caneta e palavra. Os corpos são partitura, nota e som. Os
corpos são emissão, eco e silêncio. Dez autores e dezasseis intérpretes desenham
sem forma. Assim! Uma coisa… em forma de assim.
Sem comentários:
Enviar um comentário