© Helena Gonçalves
Na simplicidade do vazio,
o foco
antecipa o movimento
livre
em busca das fronteiras do corpo
sem limites,
crucificado
pela água,
na água,
endurecido
mas pulsante,
pulsos
latejantes,
asas,
ave,
cisne
no seu pedestal,
em dias maus,
que crescem para semanas,
que crescem para meses,
um ano
mau!
mau?
rei
edificando seu trono,
autoproclamando-se,
autocoroando-se…
num discurso mudo,
surdo,
incompreendido,
incompreensível
até ao desnude
do pensamento que se move,
movimento que pensa,
só o pensar não tem limites,
por isso o movimento não pára,
pensa
corpo sem limites
para além das fronteiras do movimento,
rei
do palco!
* "The Old King", de Miguel Moreira e Romeu Runa, por Romeu Runa; dias 9, 11 e 12 de Junho, no Teatro Camões
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