terça-feira, 5 de julho de 2011

5 de Julho [2005 - 2011]




A memória fragmenta-se na distância que o tempo traça. Como pedaços de pele que se soltam à procura de nova carne que reerga a verticalidade.

Mas o que fomos, somos e seremos, enquanto seguramos os trechos de nós que nos construíram e em que nos moldámos, revelar-se-á mais importante do que o instante em que nos decidem esquecer.

Cabe-n
os a responsabilidade de não esquecermos o que fomos, pois no fundo somos e seremos eternamente parte da dança que se fez/faz neste País. Deveremos transportar o orgulho de termos colaborado em muito do que se fez memorável nesta arte, em Portugal.

Enquanto nos soubermos manter vivos, perdurará a certeza que há herança do que fomos, naquilo que hoje somos, mas também naquilo que ainda será feito. Porque enquanto nos mantivermos vivos, a memória não se apagará. Porque não fomos!, mas somos parte do que o Ballet Gulbenkian é.

Extinguiram a oportunidade de sermos dia em conjunto, mas não extinguiram a memória do que fizemos. Estamos aqui, vivos a lembrar!

Esta é a minha singela homenagem a TODOS os que, de alguma forma, nos pertencemos.

Hoje, que passam seis anos, sobre a data em que decidiram que deixaríamos de ser um todo. Hoje que continuamos a ser partes desse todo que não se esquece.


1 comentário:

jardinsdeLaura disse...

Momentos que não se querem nem se podem esquecer!!