Uma calçada para subir com o fulgor da paixão e descer com a convicção de regressar. Um espelho de momentos de contemplação, em que sentado num degrau observo, ouço e sinto privilégios que me sejam concedidos. Um lugar de recato onde semear divagações será a forma de descobrir novos caminhos.
sábado, 29 de junho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Vertigem
tão fugaz a tontura,
tão ébrias as palavras,
tão virgens os lençóis da noite
na transparente primeira fusão dos corpos.
terça-feira, 25 de junho de 2013
Esquecido(s)
comemos o pão, as memórias e o cheiro,
o vento cobre-nos com cinzas
talvez o passado,
porventura o presente
de horas sem fim
sem aroma,
sem lembranças,
apenas com os grãos
em que ardemos
sem percebermos
que não sendo alimento,
seremos esquecidos
antes que as horas
não tenham fim.
domingo, 23 de junho de 2013
Horas incompletas
houvesse uma hora incompleta
e nossa história fosse um corredor
de portas por fechar,
houvesse uma história incompleta
de horas por percorrer
e por acabar...
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Rendo-me!
rendo-me,
se a boca te cala
e as mãos discursam
provo-te a fome
enquanto amadureço
e aguardo,
pacientemente,
perante a impaciência
que te descontrola;
dominado
perco-me
na tua boca
nova
que não fala
e me acolhe,
em profundidade
rendo-me.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Dá-me a noite!
dá-me a noite!
de todas a mais longa,
aquela em que nossos corpos não se cansaram
na demora de se pertencerem.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Lembrou-o...
lembrou-o,
naquela tarde,
como à ferida quente
caída sobre o peito
onde a vida corria
sem engano.
esboçou uma linha,
simples tentativa interrompida,
pois contínua
só a mentira
mordida no bago
escorrendo
a ilusão de não ter idade.
lembrou-o
naquele pensamento
onde o amor se disfarçava
de memória.
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