domingo, 22 de julho de 2012

Pedra_das... XV

© Luis

basta que haja um céu a convidar-nos para voar
e nas nossas costas abriremos o silêncio.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pedra-das... XIV



aquietam-se em silêncio
as manhãs que te acordam em cio
e o meu corpo é jeira
onde teus dedos semeiam desejo...
para quê as palavras
quando a vontade ultrapassa o tempo?

quarta-feira, 4 de julho de 2012

como se o corpo fosse uma língua por aprender...


como se o corpo fosse uma língua por aprender
e o fogo adormecesse na tradução da teia,
os dedos tecem o caminho das sílabas
que os lábios insistem provar noutra boca. 

enleado devoro o cheiro ébrio da nudez
descarnada pelas mãos peias em loucura;
chegas repetidamente com o nome da noite
trazendo o braseiro do leito no teu ventre. 

decifro o significado onde o prazer se confunde
no escuro e no lume do rio que me arrepia,
aí começa o sangue a inflamar essa língua
com que me ensinas o latejar dos corpos. 

como se o corpo fosse uma língua por aprender…
ou por navegar.