terça-feira, 8 de novembro de 2011

Confissão de um Crime


© Pavla Hajek

Confesso ser homicídio do vazio, violentado com palavras,
confesso ser sequestro da inquietude que emudece a angústia dos peitos,
confesso ser violação do sigilo de corações,
confesso ser receptação de sentires que a alma roubara à paixão,
confesso ser ameaça permanente à serenidade dum olhar carente,
confesso ser furto de inspiração a palavras terceiras,
confesso ser difamação da verdade, chamando-lhe sonho,
confesso ser injúria das teorias cartesianas
e mau trato da prosa realista... 

Confesso que não sou criminoso, mas crime!
Confesso que sou poema!!!

1 comentário:

elsafer disse...

devassando a alma ...