sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fulgor de Inverno



Combina cores
como palavras que não tem...
[fulgor de inverno
colorido por sol que não aquece]
arruma-as,
sílaba por sílaba,
misturando-lhe tonalidades,
já não sabe
se pinta,
se escreve,
se compõe,
gelam as mãos,
num teclado,
ora paleta,
ora folha,
caída,
esquecida no chão,
memória de outono distante
enquanto os lábios se gretam,
soletra sons,
colora palavras,
escreve cores
e sorri
submerso na melodia
escrita pelo sol
no azul pintando de céu
o fulgor do inverno.

1 comentário:

Sopro Vida Sem Margens disse...

A minha memória é de poeta
não é memória de nada...
Somente este ímpeto
Arrancado sílaba a sílaba
como uma musica
que se escuta pela prima-vez

Memória d'Outono
limiar dos lábios
tombados no chão
submersos
reitores de não sei quê...

- e soletram o som -

Abraço-te