quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Transparência


Transparece-lhe o corpo
na alvorada do olhar,
descobrem-se formas
no crepúsculo das mãos,
atravesso uma estrada
de distância por conquistar,
profano enigmas de silêncio
das marés folheadas nas bocas
e flutuam palavras náufragas
na raiz do poema.

2 comentários:

Maria disse...

Leio-te sempre em silêncio. Nunca tenho as palavras certas para te comentar.
Obrigada pela excelente poesia que nos deixas aqui.

Sopro Vida Sem Margens disse...

...como uma voz
como um soluço
nas formas nuas
alvoradas Tuas...

e hoje?
bom, hoje há a estrada
essa distância
dentro da noite...
folheada na boca
naufraga deste poema