sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Redenção


© Elena Baca

Chegam em vagas as noites
condenando à errância os dias,
pesam penas nos ombros
soltas de asas dolentes no sonhar,
há uma prisão na permanência
de ser água cansada no esperar
que a sede lhe toque o fulgor
transpirado na pele por tocar,
sobra início na vontade adiada
e náufrago o corpo perde morada,
cobrindo-se em orvalho de redenção
no alvor em que a oração se desfaz.

1 comentário:

Sopro Vida Sem Margens disse...

….temos um coração grande para os adeuses
São as noites e os dias nas mãos dos Deuses
a ser prisão
ser frio e ser desejo
ser beijo e ser sorvido
ser caminho e ser sentido
nesta paz que se desfaz
Naufraga e liquefeita…