domingo, 17 de abril de 2011

Pensar vespertino



Perdi-me na sombra dum alpendre
enquanto o sol se punha
e eu delongava-me na espera
de ver teu olhar correr a planície
para vir rasgar-me a noite
despindo-me as palavras
e do teu abraço fazer poema.
Balouçaram-me as horas
num ritmo de esquecimento
adormecido
até que a madrugada me gelou o peito
e na lareira apenas restavam cinzas
de memórias sem esperança
de voltarem a ser Primavera.

1 comentário:

Dete disse...

Que lindo o seu blog! Gostei muito das poesias, das fotos, da música, e do seu perfil. Fiquei passeando um tempo por aqui, tentando conhecê-lo, desvendá-lo. Também sou uma caminhante de caminhos inusitados, buscando respostas para perguntas que me esqueço de fazer, me detendo aqui e acolá para observar alguma coisa, me surpreender com a vida. Vou colocar um link para o seu blog no meu. Abraços.