domingo, 18 de setembro de 2011

Mulher


Mulher, é por ti que clamo
nas palavras pejadas que solto
e vejo transformadas em afago
moldadas no teu rosto em carícia…

É por ti mulher que escrevo,
arrancando à partitura do corpo,
o lamento com que fazes ode
para te velar a nudez íntima e faminta…

E chamas poema a este voo náufrago -
pois as asas perdia-as na espera -
de homem errante numa brisa
entre versos afogados em saliva…

Fossem as minhas mãos
as palavras que agarras…

2 comentários:

Charlotte disse...

Senti-me acariciada com estas palavras...

elsafer disse...

as palavras do poeta, tocando em sintonia com a alma feminina

;-)