segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Meia-noite em Paris, de Woody Allen

imagem recolhida aqui


Praças, cafés, escadas, esplanadas, quiosques, margens do Sena, boulevares, tudo transpira romantismo, tudo respira passado, tudo é Paris. Talvez só os sonhadores o sintam, o adivinhem, o palpem, o anseiem.

Woody Allen confirma-o e consegue-o realizar. Depois da meia-noite… no tal sonho acordado de quem muito deseja. Ali junto ao Sena, num determinado banco, numa certa loja, num café, num alfarrabista, o passado vive. Paris respira Hemingway, Fitzgerald, Cole Porter, Picasso, Matisse, Dali, Buñel, Lautrec, Degas…

Woody Allen leva-nos nessa irrealidade, por vezes secreta, outras inconscientemente sonhada, a idealizados tempos unindo com surrealismo o hoje e o ontem. Woody Allen conduz cada uma das épocas com as certezas colhidas na outra.

O presente magoa. O passado atrai. Nele vive a Idade Dourada. Mas apenas até que essa revelação – a constante busca do passado – se consciencialize. Apenas até à decisão de dizer adeus ao passado.

Paris é luz, é romance, é nostalgia. Paris até pode ficar mais bonita, com chuva… Romântico? Talvez só os apaixonados o sintam…Mas Paris permite[-nos] sê-lo! Paris permite[-nos] amar! Porque o passado não morre… depois da meia-noite!


1 comentário:

Sopro Vida Sem Margens disse...

...uma viagem no mundo das cores, da magia e da arte.. bem ao jeito de Woody Allen..

Amei o filme, irei ver, ver e rever e rever...há sempre um pormenor que escapa p'los dedos de todos os talentos que por ali surgem..


ai..suspiro só de me lembrar do filme