Moro na ilegibilidade do vazio,
endereço esquizofrénico da noite,
enlouqueço num monólogo repetido
e ensurdeço no sufoco da resposta
inventada porque impossível,
desmedida porque inexistente.
Soam ecos do que não sei ser,
a dúvida tece-se em obstinação
e a certeza entedia-se por não suceder.
Os pensamentos cruzam-se,
engradando a raia luminosa.
Esbate-se o negro em neblina,
seduzindo o olhar com ilusão,
mas por mim apenas passa
um laivo de esperança,
um laivo de esperança,
na cegueira embutida em solidão.
Lá fora,
dizem haver um bando de asas,
com rota definida…
e que os olhares repetem-se pelos dias.
1 comentário:
Lá longe anda-se sem Ti
sem procurar passar por Ti
sente-se a pergunta
no lugar inventado
vazio porque inexistente
e...falas sobre os olhares
se nunca me encontras?
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