quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ontem guardado no bolso


Senti algo nos dedos
olhei, mas nada vi…
cheirei, mas nada detectei…
provei e souberam-se a saudade
daquele ontem ainda tão perto
mas hoje tão distante,
da minha pele desnudada na tua,
das horas insaciáveis
corridas em minutos fugazes,
do turbilhão nas bocas,
da tempestade nos corpos,
dos sonos em contínuas alvoradas…

guardei a mão no bolso,
fechei-a apertando os dedos,
espremendo a secura
desse nada que me ofereceste
saudoso do ontem absoluto.

2 comentários:

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

uma maneira de se dizer saudade.

sempre ao teu estilo, perfeito!

beij

Sopro Vida Sem Margens disse...

Tudo oferecemos..tudo guardamos..do nada que temos e do tudo que sonhamos...

Perdoe-me a divagação...

Mas...Amei a singularidade deste sentir!

Um beijinho da
Assiria