sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sonhos de areia

O dia
esqueceu-nos no pôr-do-sol
em que o mar se doa à terra,
as gaivotas transladavam
réstias de claridade
para o acordar de outros céus,
nas dunas vestimos as areias
com as peles que desnudávamos
e o meu corpo foi poema que o teu quis ler,
fui troço de universo que quiseste abraçar,
foste sonho de amanhã,
paisagem por desbravar,
na tua rede enredei meus remos,
fiz-te endereço do meu lar…
hoje,
no refrão dum caminho sem ti
dedico-me canção
a esse tímido pedaço de fé
que em ti me escrevi!

3 comentários:

Sopro Vida Sem Margens disse...

...ah delicia das delicias...pois!

Um beijinho
da
Assiria

Alexandra disse...

Mas os sonhos não são todos de areia... que o vento leva para bem longe?

LINDO!!

Um abraço.

PnS disse...

Há sonhos mesmo que de areia... não nos escorregam pelas mãos porque ficaram escritos em nós...

Beijinho