quinta-feira, 30 de junho de 2011

Um lar



Quero um lar
onde meu corpo
não corte o vazio,
nem minha voz se perca
em monólogos submersos,
nem meus pés descalços
ecoem em avenidas de solidão,
nem o cansaço se desfaça
na fadiga do silêncio,
nem as horas sejam
encontros de passagem,
nem a madrugada se revele
mentira duma noite de amor.
Quero um lar
onde o aconchego dum abraço
seja certeza dum sorriso
chamado amanhã!

4 comentários:

Alexandra disse...

O vazio... esse interminável companheiro!

Eu também queria... gostava...desejava... mas...terei que acreditar na "...certeza de um sorriso chamado amanhã"? Talvez!

Um abraço.

MM - Lisboa disse...

Comoveu-me o seu poema.., talvez porque me identifiquei profundamente com o texto!

Charlotte disse...

E não é o que queremos todos?
"...um lar onde o aconchego dum abraço seja certeza dum sorriso chamado amanhã!"...LINDO!

mundo azul disse...

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...um lar! Penso que no fundo, todos vivemos a procura desse lar...


Gostei da sua poesia!


Beijos de luz...

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