sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Palavras Liquefeitas



Guardo um ramo de palavras proibidas, a que roubo o perfume com que meus dedos passeiam em ti. Inebriada ficas sem saber se te escrevo ou aromatizo. Um suspiro arredonda-se no silêncio declarado como cântico, enquanto desabotoas a partitura para que te componha a proibição da minha boca. Mas no aproximar dos lábios, impacientam-se os sentidos e embargada queda-se a razão. Entardece para calar as palavras. Perante o bálsamo da vicinalidade, a essência do que não deveria ser dito exulta na insurreição da volúpia.

1 comentário:

Maria José disse...

derretes,
desarmas,
guardados!...

suspenso o corpo!

m.j.