terça-feira, 19 de junho de 2012

Vem acender-me a noite!


traz-me a energia de um beijo,
devolve-me o fogo dos lábios,
devora comigo a sede das bocas,
enfeitiça o sabor das línguas
esquecidas de que há mais do que palavras
para silabar em murmúrios desvendados;
vem roubar-me o tempo que te ofereço,
ser retrato do que teimo não revelar,
segurar as horas esvaídas em silêncios,
vestir o ocaso do voo desnudado
desesperado pela infinita delonga
da pele por escalar em aromas de suor;
vem acender-me a noite!...
bastará seguires o calendário
omissor das folhas de futuro
onde os dias se jogam a dois.

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