domingo, 26 de dezembro de 2010

Desvendado


Gastei as palavras,
os segredos,
os caminhos
e os sonhos…
Despi-me e mostrei-me!
Hoje,
nada resta por desvendar,
nada tens por [me] descobrir.
Sou sol sem a espera do Inverno,
o verso que já se conhece,
a doutrina que já se pregou.
Sou o livro, que de tanto leres,
te cansa,
e fechado deixa-lo sobre o nada,
pairando numa queda sem solo,
esquecido num futuro
que perdeste curiosidade em abrir.

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