domingo, 16 de março de 2014

Página em Branco


não sei se é branca,
se indecifrável esta página
de escrita prometida
onde todos os dias
nos enfrentamos
por entre formalidades
que os olhares não conhecem
e só uma repressora
chamada razão
coíbe a tentação das mãos.

talvez de silêncios
se encha este poema
onde nos prometemos ardentes,
mas em que teimamos não pousar,
ainda que em fuga
como o fogo
corrente para a água
pensando:
é eterno o meu fervor
se me detenho em ti!

disfarçamos a sede…

1 comentário:

Graça Pires disse...

A página em branco: o lugar onde "disfarçamos a sede" das palavras e do silêncio". Um belo poema.
Beijo.