sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Na suspensão dos nomes



Acorda-me o coração
um pêndulo com teu nome,
brisa matinal
humedecendo as sílabas
nas paredes do meu peito,
em navegação inquieta
o receio
sobre a incerteza da tua estância,
a prazo sem data,
com limite,
a termo por definir.
Embarco nessa asa
que a tua presença me abre,
seguro na mão
o nó por ti deslaçado
e enlaçado na pegada dum abraço,
onde me suspendo nos ponteiros
das letras que recito
para adormecer meu nome
na ladainha do teu sono.

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