segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Confidência


Já não desvendamos, hoje,
as esquinas da surpresa,
já não nos tremem os minutos
antecedentes do próximo encontro
e a magia ficou guardada
na cartola das linhas primeiras.
Todos os segredos foram revelados
no desvelo cego da paixão,
conheço cada bago da tua volúpia,
sabes como vindimar-me cada arrepio.
Se em tua vontade permaneces
incógnito sigilo que me atalha,
uma derradeira confidência guardo
no baldio secreto da intimidade,
o de desejar morrer
no lugar-ressurreição da vida:
o teu corpo!

2 comentários:

Anónimo disse...

Fiquei encantada com
teu jardim!

beijinho.
Isa

PnS disse...

Quando nos desvendamos assim, nada mais há... além da contemplação da beleza do momento onde nos deixamos morrer...