segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Noite vaza


Engravida de espera
este tempo em que te aguardo,
à beira-noite,
na ansiedade da enseada,
e que as tuas ondas de desejo
molhem as praias do meu corpo
e a espuma da entrega
permaneça sem horário
na memória das peles
até ao gerar dum novo abraço.

1 comentário:

Milhita disse...

"Retornei ao sitio onde o Sol espreita e brinca no nevoeiro, bailam imagens na minha mente que se soltam sem que queira. Da distancia faço passadas já guardadas na areia, olho o mar revolto que me parece ser paz, leio a rocha fragmentada pelo anseio de ser história sem fim. Sento-me e conto as ondas no mesmo sentido que a maré que me invade a memória"

Na mesma altura, como uma voz mais alta, falamos de mar, interior e mesmo aquele revolto, que nos invade em marés.
Um abraço amigo!