domingo, 1 de agosto de 2010

Enologia dum sentimento


Alvorada,
vindima de sonhos
que a noite desabrochou;
corpo,
cesta sem colheita
da saudade que em mim se deita;
boca,
rio sem nascente
onde a sede engole
o último bago dum beijo;
amor,
casta dum sentimento,
derramado num lagar,
que a noite vem colher
para aos sonhos dar de beber.

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