O amor gasta-se. Desaparece. Evapora-se. Como a mais intensa
fragrância que fizemos questão de usar todos os dias. Para que tivéssemos a
certeza de a saber presente. Para que os outros percebessem porque o sorriso
era a estampa do nosso rosto. O amor esvai-se. E quando o
procuramos, nem as cinzas em que nos fez arder, encontraremos. Terão sido levadas
pelo vento do silêncio e distantes estarão. Dispersas na irrecuperabilidade da
união. Não basta escrever o amor. Não basta dizer o amor. É preciso fazê-lo
sentir. As palavras são apenas o complemento da certificação. A marca restaurável
no instante da ausência ou do desejo maior. O amor precisa da mão para o
agarrar. Precisa do olhar para o regalar. Precisa do presente para não se
esquecer no passado.
De que servirá escrever, hoje, que te amo se o teu corpo se ausentou para fora do meu abraço?... e o amor… ter-se-á volatilizado ontem…
De que servirá escrever, hoje, que te amo se o teu corpo se ausentou para fora do meu abraço?... e o amor… ter-se-á volatilizado ontem…
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